Select your language

domingo, 8 de janeiro de 2012

Passado presente...

Um passado que morreu... Um livro que nunca nasceu. Parece que foi ontem que ia compondo cada linha, cada frase desse conjunto de folhas que, simplesmente, se perdeu. Não chegou sequer a experimentar o sabor de ser tocado, folheado, admirado... Morreu sem que ninguém se desse conta, sem que ninguém chorasse o seu desaparecimento.

Passam meses, como se fossem anos, ou anos como se fossem meses. Nem sei. Mas a mágoa fica sempre. Por ser o primeiro, dizem, dói mais. Simplesmente, não sei.
Miúda ainda, isso passa. Tens muita vida pela frente. A imagem de seu rosto, de seus gestos meigos, do toque, do sorriso... Tudo fica... Por muito que me digam, acabou, não o consigo dizer ou simplesmente aceitar.
Sigo com a minha vida em frente, mas sempre com um passado presente.

Ana Vichenstein